Um assunto que começa a ganhar repercussão na nossa sociedade é o plebiscito que ocorrerá no dia 11 de dezembro deste ano, em nosso Estado, quando será perguntada ao eleitorado do Pará sua posição sobre a divisão ou não do Estado. As frentes pró e contra já estão trabalhando pelos seus objetivos, o TSE praticamente já definiu as regras para a campanha, os excelentíssimos políticos já estão descendo do muro e ocupando os seus lados, e a população... bem, a população ainda está inerte nesse bolo todo. A voz que deveria gritar mais alto tem ficado calada, a opinião pública, ao que me parece, está ainda sem orientação.
Alguém que é a favor da divisão precisa ao menos saber quais as possíveis conseqüências desta escolha. O mesmo vale para quem é contra. Deve-se colocar em primeiro lugar a razão, ou seja, darmos nossa opinião e mostrá-las com argumentos convincentes do por que termos esta ou aquela escolha, somente em segundo lugar nosso coração. A população deve ser bem informada para que possa responder algumas perguntas de suma importância para um posicionamento mais racional sobre o assunto. Dentre essas perguntas pode-se destacar: por que a divisão? A quem interessa? Quem são as pessoas que coordenam as frentes? Quais as consequências e benefícios desta divisão? Respondidas essas perguntas, a sociedade pode gritar mais alto e dizer se quer o Pará divido ou não. Não basta dizer “eu amo o Pará e voto NÃO!” ou “Divisão é a solução para o abandono da nossa região, queremos presença do Estado, votemos SIM!”. Os argumentos são muito empolgantes, do ponto de vista sentimental, mas o que devemos colocar como ponto primordial para decidirmos o futuro do nosso Estado é o ponto de vista racional.
O plebiscito do dia 11 de dezembro é muito importante para nosso futuro. Não vamos votar como votamos nas eleições, quando depois de 4 anos quase sempre o arrependimento é certo. Nesse tipo de eleição, temos a chance de mudar, já no plebiscito a escolha é definitiva, não há chance de mudar quatro anos depois. Por isso, votemos com inteligência e, por mais difícil que possa ser, sejamos criteriosos com o nosso futuro e das demais gerações que estão por vir: antes de apertar 55 ou 77, pensemos muito, muito mesmo.
Aleffe Gama
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