quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Será!?


Estamos vivendo um ciclo de mudanças para apresentar ao mundo os dois eventos esportivos mais importantes da terra: Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas Rio 2016. Nós, brasileiros, somos apaixonados por esportes, mas será que merecemos dois eventos tão grandiosos em um curto período de tempo? Digo-lhes que, merecemos.
Mas será essa a tão chegada hora? Há quem diga sim, mas também há quem diga não. Vou-lhes ser sincero, merecemos sim eventos com tal magnitude em solo verde e amarelo, mas sempre se tem algo para repensar.
Quando chequei a estimativa de quanto iremos gastar nesses dois eventos me veio um pensamento: iremos gastar bilhões de reais para recebermos em nosso país americanos, franceses, africanos, japoneses e todo o resto do mundo, no entanto, em mais de 500 anos não conseguimos dar qualidade de vida a paulistas, gaúchos, nordestinos, amazônidas e a todos brasileiros que ajudaram á construir esse país.
Será que toda essa dinheirama não poderia ser investida em educação de qualidade para todos os pequenos filhos desta nação? Será que alguns bilhões não poderiam ajudar a melhorar o sistema público de saúde que se encontra doente? Será que outros bilhões não poderiam ser investidos em políticas públicas sociais para que não vejamos brasileiros morando em baixo de viadutos ou em cima de morros? Caros leitores, é dinheiro que daria para fazer uma revolução em muitas áreas que precisam de mudanças. Como podemos pensar na construção de estádios futuristas, que precisarão de bilhões de reais para serem erguidos, enquanto muitos brasileiros passam fome ou tentam sobreviver com um salário "míni"mo. Não consigo compreender porque temos que usar tanto dinheiro, que é nosso, para tentarmos dar a impressão de que não temos mais problemas.
Se quisermos mostrar que somos grandes, precisamos olhar e reparar os erros políticos que existem, e olha que são muitos. Arrumemos nossa casa, para depois mostrarmos ao mundo que somos grandes, que temos uma educação de qualidade, um sistema de saúde digno, uma “segurança segura”, uma infraestrutura capaz de acolher a todos. Assim, o mundo verá que o ''Brasil pode'', mas não tão cedo e desse jeito.
Aleffe Gama

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